domingo, 30 de janeiro de 2011

OLHOS DE CURUMIM



             
Quando a natureza despertou
Ele adormeceu em devaneios
Bombardeado com os seus encantos.


Despertado ele passou a observá-la
Em cada detalhe
Em cada canto.


Seus olhos: era o sol
A terra: sua pele trigueira
Seus cabelos: as matas
Os rios: o sangue que lhe corria
Seus pulmões: o ar fresco
Sua voz: o vento
A chuva... Seu pranto!


Ele percorreu a floresta
Subitamente, no meio do caminho
A encontrou deserta
A natureza começou a chorar...


Suas lágrimas caíram do céu
Entristecendo o curumim.
Ele apontou sua flecha
E atirou ao infinito...


...Tupã a recolheu
Encontrando uma mensagem:
“Pai, perdoai-os porque eles não sabem o que fazem”

Nenhum comentário:

Postar um comentário